sábado, 29 de maio de 2010

O relevo

O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado, entre 500m e 800m de altitude. Predominam planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”.
Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas são comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de altura e três cavernas em seu interior.

O solo

Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
Trata-se de uma estepe úmida, com uma composição vegetal uniforme: o campo limpo é destituído de árvores e tem arbustos espalhados e dispersos em meio a um imenso tapete de gramíneas e leguminosas nativas.
Na região dos pampas o solo é fértil. Esses campos são dominados por gramíneas que variam entre 10 e 50 cm de altura e por isso, estes campos são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas, causando a desertificação do solo.
Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra roxa", batizado assim devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para o Brasil trabalhar na lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o solo de terra rossa, pois em italiano, rosso é vermelho. Só que quem começou a chamar de terra roxa não sabia italiano e acabou confundindo rosso com roxo por conta do som da palavra...
Em áreas de planalto os solos são também avermelhados, mas não possuem a fertilidade da terra roxa. Na planície litorânea o solo é bastante arenoso.

Rio Grande do Sul, um dos estados que possui o Pampas

Localizado no sul do Brasil, o Rio Grande do Sul é um dos mais belos estados brasileiros. Com quatro estações bem definidas e atrativas de janeiro a dezembro, a terra dos gaúchos desenvolve turismo o ano todo, sendo rica em belezas naturais, culturais e gastronomia.
Seu povo, além de extremamente hospitaleiro, ostenta um grande apreço às tradições, tornando fácil e enriquecedora a integração com a cultura local.
Formado por diversas etnias, o Rio Grande do Sul é caracterizado pela harmonia, convivência democrática e pluralidade de opiniões.
Eta povo aguerrido ! Terra de Sepé Tiaraju, Bento Gonçalves e de Érico Veríssimo, Mário Quintana e Getúlio Vargas, o Rio Grande mescla guerra e poesia - mais guerra que poesia - em sua história.
Desde os primeiros conflitos entre jesuítas espanhóis e bandeirantes paulistas, o Rio Grande viveu de arma na mão durante 300 anos.
Os jesuítas fundaram as Missões do Tape em 1626. A Terra era habitada por tribos indígenas, como a dos guaranis, minuanos, charruas, tapes, guaicanãs e outras.
Alguns desses padres viraram churrasco dos índios, mas a Companhia de Jesus acabou entregando os peles-vermelhas, aculturados e dóceis, à saga dos bandeirantes de São Paulo. Estes destruíram as missões, soltaram o gado no pasto e escravizaram milhares de índios. Pouco depois, os jesuítas espanhóis fundaram os Sete Povos das Missões Orientais, a noroeste do território. Os portugueses fundaram a colônia de Sacramento, às margens do rio da Prata e as coroas, espanhola e portuguesa continuaram brigando.
Em 1835, outra guerra: a Revolução Farroupilha, liderada por Bento Gonçalves, unindo liberais republicanos contra o governo imperial. Enquanto isso, os alemães ocupavam pacificamente o vale dos Sinos. Os italianos só vieram a partir de 1875, também em paz, plantar uvas na serra. Os gaúchos briguentos começavam duas décadas depois a mais fratricida das guerras, a Revolução Federalista, que durou de dezembro de 1893 a julho de 1895, mas deixou rescaldo por mais de 30 anos. De um lado, o Partido Republicano liderado por Júlio de Castilhos, cujos adeptos, os "chimangos", de lenço branco, queriam um presidencialismo forte, e de outro, os liberais e parlamentaristas de Silveira Martins, de lenços vermelhos, os "maragatos". Os primeiros permaneceram anos no poder, derrotados sucessivamente os maragatos, até que na Revolução de 1930, assumiu a Presidência da Republica Getúlio Dornelles Vargas, filho de políticos de um e de outro lado, hábil negociador, gaúcho pra lá de mineiro, que pacificou o Estado.
Principais características do Estado: A sigla do Estado é RS; A capital é Porto Alegre, possui uma área de 282.062 km2; os rios principais Uruguai, Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí, Pelotas, Camacuã; o horário é de Brasília, possui clima subtropical - temperatura média anual 17,5°C • chuvas maio a setembro e as principais atrações são: Porto Alegre, Aparados da Serra, litoral, lagoa dos Patos, Bento Gonçalves, Gramado, Canela, Missões e Pampas

sábado, 22 de maio de 2010

Os Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos

Esse tipo de vegetação é encontrado em dois lugares distintos: os campos de terra firme (savanas de gramíneas baixas) que são característicos do norte da Amazônia, Roraima, Pará e ilhas do Bananal e de Marajó, enquanto os campos limpos (estepes úmidas) são típicos da região sul.
Os campos da região sul do Brasil são denominados de pampas, termo indígena que significa “região plana”, sendo aproximadamente 176 mil km², que corresponde a 63% do território do Estado do Rio Grande do Sul, e se estende também pelo território do Uruguai e a Argentina, estendem-se um total por uma área com mais de 200 mil km²,
Na verdade, os pampas são apenas um pedaço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também campos mais altos e algumas áreas semelhantes a savanas. Os campos sulinos estão distribuídos ao longo de dois biomas distintos: o Pampa, que cobre mais da metade Sul do Rio Grande do Sul e se estende para o Uruguai e Argentina, e os campos ao Norte, que se caracterizam pela formação de mosaicos associados às Matas com Araucária.
Grande parte da superfície territorial do Sul do Brasil era originalmente coberta por extensas formações vegetais abertas, os chamados campos sulinos. Essas formações possuem uma identidade biológica interessante, caracterizada por uma série de espécies endêmicas, além da forte identidade cultural, associada no presente ao gaúcho e as suas tradições de criação extensiva de gado.
O Pampa é uma das regiões no mundo mais ricas em gramíneas. Apenas no Pampa do Rio Grande do Sul estima-se que ocorram cerca de 3 mil espécies vegetais. Além disso, mais de 300 espécies de animais vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) são conhecidas.
São marcados pelo clima subtropical, isto é, apresenta temperaturas amenas e chuvas regulares durante todo o ano. A vegetação é predominantemente herbácea, com alturas que variam de 10 a 50 cm. A paisagem é homogênea e plana, assemelhando-se, para quem os avista de longe, a um imenso tapete verde.
No litoral do Rio Grande do Sul, a paisagem já se apresenta diferenciada, com ambientes alagados e a vegetação é formada por espécies como o junco, gravatás e aguapés, habitat ideal para existência de uma expressiva fauna. O Banhado do Taim é um dos exemplos de grande importância em função de sua riqueza natural, notadamente de seus solos.
Nas encostas do planalto, ocorrem os chamados campos altos, área de transição com predomínio de araucárias – sendo mais conhecida como Mata dos Pinhais.
Os Campos em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação.
Apesar da diversidade e importância cultural, as formações campestres do sul do Brasil não têm recebido atenção de conservação adequada e o nível de proteção a esses ecossistemas é muito inferior ao recomendável. Atualmente, menos de 0,5% do Bioma Pampa está inserido em unidades de conservação de proteção integral.
A conversão dos campos em outros tipos de uso vem transformando profundamente sua paisagem e colocando suas espécies sob ameaça de extinção. As queimadas ilegais, praticadas anualmente, estão entre os principais problemas que afetam os Campos Sulinos.

sábado, 15 de maio de 2010

O surgimento do Pampas

O Pampa, como bioma (IBGE 2004), é a reunião de formações ecológicas que se inter-cruzam em uma formação ecopaisagística única, com intenso tráfego de matéria, energia e vida entre os campos, matas ciliares (de galeria), capões de mato e matas de encostas.
Um pesquisador chamado Lindmann em 1906 fez a seguinte pergunta: "Por que tanto campo no RS se o clima é favorável à presença de florestas?"
Os Campos são ecossistemas naturais que já existiam quando da chegada dos primeiros grupos humanos há milhares de anos, conforme revelam dados obtidos a partir da análise de vestígios arqueológicos e de pólen e partículas de carvão em sedimentos. Devido ao clima mais seco e frio, apresentava uma composição de espécies um pouco diferente da atual, mas eram ambientes de pradarias com predomínio de gramíneas. Há cerca de 4 mil
anos teve início a expansão natural das florestas a partir de refúgios,
formando em algumas regiões as florestas de galeria e em outras, maciços
florestais, indicando mudança para um clima mais úmido, semelhante ao
atual, mas a paisagem manteve-se predominantemente campestre. Portanto,
os primeiros colonizadores de origem européia encontraram nesta parte da
América do Sul paisagens campestres, abertas, bastante apropriadas para
as atividades que aqui se desenvolveram. A história econômica e cultural da
região não poderia ser dissociada dessa paisagem.
Os períodos climáticos ocorreram entre 42.000 - 10.000 a.C. Desde a era gelo, as gramíneas dominam, indicando que o clima era frio e seco. Não havia árvores.
Distúrbios causados pelo fogo e pastejo são importantes nesses ecossistemas campestres, influenciando na diversidade de espécies, e em certa medida sendo essencial para sua conservação, mas o limiar entre uso sustentável e degradação devido a esses distúrbios ainda é insuficientemente conhecido.
O fato é que os primeiros colonizadores europeus encontraram um ambiente pastoril extremamente favorável aos herbívoros aqui introduzidos: vegetação herbácea resistente aos impactos dos dois principais elementos de distúrbio manipulados pelo homem, o fogo e o pastejo de mamíferos domésticos. Estima-se que a introdução de eqüinos e bovinos nos Campos Sulinos tenha ocorrido entre 1626 e 1628, com a instalação das Missões jesuíticas ao longo do Rio Uruguai. Ao longo deste processo de 380 anos de utilização deste ecossistema pastoril, não é a presença destes dois elementos de distúrbio que têm contribuído para a possível extinção de alguns importantes elementos de sua fauna e flora, mas a intensidade e freqüência com que tem sido utilizado pelo homem.
Foi apenas em 2004 que foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como um bioma. Na verdade, sua biodiversidade havia sido ignorada por quase trezentos anos. Foi a porta de entrada para o gado através da região sul. A outra foi pelo vale do São Francisco, através dos currais de gado.
Agora o Pampa sofre uma ameaça muito mais grave: a introdução da monocultura de Pinus e Eucaliptos. Mais uma vez, portanto, se propõe um tipo de desenvolvimento econômico inadequado às características de um bioma.

sábado, 8 de maio de 2010

Definição de Bioma


Antes de nos aprofundarmos no Bioma Pampas Gaúchos ou Campos Sulinos é necessário entendermos o que é um Bioma.
A denominação bioma está associada à relação estabelecida entre os conceitos de ecossistemas e paisagens.
Utiliza-se o conceito de bioma tanto no que se refere à classificação de grandes paisagens, quanto para designar unidades geográficas contínuas, ainda que sejam compostas por uma miríade de ecossistemas.

O Brasil abriga seis biomas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os biomas brasileiros são agrupados da seguinte forma:
  1. Amazônia,
  2. Mata Atlântica,
  3. Cerrado,
  4. Caatinga,
  5. Pantanal,
  6. Campos Sulinos
Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável.
Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação.
Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).






sábado, 1 de maio de 2010

Sobre o Blog

Blog criado para maiores informações a respeito dos Pampas Gauchos.

Um dos objetivos é a concientização sobre os problemas ambientais e as possiveis soluções para estes.


Aqui ser
ão encontrados diversos assuntos relacionados aos Pampas (Turismo, Fauna, Flora, etc).