quinta-feira, 10 de junho de 2010

Espécies Ameaçadas de Extinção

As principais espécies ameaçadas de extinção são exemplificadas por inúmeros animais, como: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-coleira, o caxinguelê, o tamanduá, lobo-guará e gato-do-pampa.
Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o tiê-sangue, a araponga, o sanhaço, numerosos beija-flores, tucanos, curruíra, saíras e gaturamos.
Entre os mamíferos, 39% também são endêmicos, o mesmo ocorrendo com a maioria das borboletas, dos répteis, dos anfíbios e das aves nativas. Nela sobrevive mais de 20 espécies de primatas, a maior parte delas endêmicas.


Um dos animais mais ameaçados de extinção é o Gato dos Pampas (Felis Colocolo), que mede 85 cm, sendo 25 cm de calda. O habitat dele se estende desde o Sul da Patagônia, por quase toda a Argentina, Chile, Peru e Equador. É de hábito noturno, como a maioria dos felinos. No Brasil atinge o Estado do Mato Grosso do Sul, onde é encontrado em todo "chapadão”
Outro animal ameaçado de extinção é o lobo-guará, guará ou lobo vermelho (Chrysocyon brachyurus) é o maior mamífero canídeo nativo da América do Sul. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado como uma espécie ameaçada. Os biomas de ocorrência no Brasil são: Cerrado, Pantanal, Campos do Sul, parte da Caatinga e Mata Atlântica.
O lobo-guará mede até cerca de 1 metro no ombro e pesa entre 20 e 25 kg. A sua pelagem característica é avermelhada por todo o corpo, exceto no pescoço, patas e ponta da cauda que são de cor preta. Ao contrário dos lobos, esta espécie não forma alcatéias e tem hábitos solitários, juntando-se apenas em casais durante a época de reprodução. A gestação dura em média 67 dias e resulta em ninhadas de até seis crias.
O lobo-guará caça preferencialmente de noite e ataca pequenos mamíferos roedores e aves, mas a sua dieta tem uma forte componente omnívora. Estes animais são bastante dependentes da lobeira (Solanum lycocarpum) e estabelecem com esta planta uma relação simbiótica: sem os frutos da lobeira o lobo guará morre de complicações renais causadas por nematódeos, e em contrapartida tem um papel fundamental na dispersão das sementes desta planta.
A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna plistocénica da América do Sul, que desapareceu na maioria após a formação do Istmo do Panamá.
Embora não se enquadre na categoria crítica da IUCN, corre alto risco de extinção na natureza a médio prazo, em função do declínio populacional e da extrema fragmentação da área de ocupação.
O tamanho populacional está se reduzindo, com probabilidade de extinção na natureza em 100 anos.
As principais ameaças ao lobo-guará vêm da conversão de terras para agricultura, do fato de ser suscetível a doenças de cães domésticos, que competem com eles por alimento, e de acidentes como atropelamentos em estradas.
A descrição e estudo dessa diversidade são certamente mais lentos e difíceis para que a opinião pública em geral possa supor. Também estão muito aquém da finalização. Registrar a composição biológica e os padrões de distribuição de qualquer grupo de organismos é uma das atividades básicas, porém essenciais, no estudo da biodiversidade de uma determinada região. Contudo esses estudos requerem grande investimento de tempo e dinheiro. Um fator agravante nesse processo é a severa alteração observada em nossos ecossistemas, o que dificulta a documentação da fauna, ao mesmo tempo em que tem levado várias espécies ao status de ameaçadas de extinção.
Buscando sanar parte destas lacunas de conhecimento, um grupo de pesquisa formado por pesquisadores e estudantes do Brasil e Uruguai, têm direcionado esforços no sentido de catalogar a ocorrência dos anfíbios e répteis do Pampa. Devido a uma série de características em sua biologia e distribuição geográfica, seu estudo pode fornecer importantes subsídios para a preservação do Pampa como um todo, especialmente no que se refere aos efeitos potenciais das mudanças climáticas previstas para as próximas décadas. Atualmente, com patrocínio da Fundação O Boticário de Proteção À Natureza, a equipe vem descrevendo os padrões de ocorrência e distribuição dos anfíbios e répteis e usando algumas ferramentas computacionais de Modelagem de Nicho Ecológico, que permitem projetar modelos da distribuição potencial, atual e futura, em diferentes cenários climáticos. Os modelos de distribuição mostraram-se uma ferramenta eficaz, com ampla utilização em pesquisas ecológicas, de evolução e conservação.

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